domingo, 11 de janeiro de 2015

Eu sou Charlie, sou "Liberdade" - Mas quem é realmente livre?!

Existe a verdade ou tudo não passa de interpretações? Aquilo que acredito é minha verdade mas eu posso aprender a reconhecer e respeitar a liberdade do outro, inclusive para discordar daquilo que acredito! 


Fanatismo é obtuso, imbecil e sem humor! 

Somos ensinados a odiar
A intolerância é um sinal de fraqueza e ignorância. É uma "vingança" contra aquele que ousou discordar, que ousou ser ou é diferente. É um desequilíbrio que fere a democracia e o pluralismo. 
Nossa civilização carrega em sua cultura os reflexos de um Estado repressor e uma religião castradora, que estabelecem as regras do "jogo", as normas de comportamento da sociedade. Não respeitam as individualidades, a liberdade, o contraditório e as novas ideias. 
Exaltam o poder da "força bruta" como virtude ou superioridade para reprimir a oposição, aqueles que, simplesmente, pensam diferente, que questionam, que não se conformam, que utilizam a força do intelecto, do diálogo, das ideias. E esse poder da "força" é o responsável pela formação, através do medo, do padrão de personalidade. E com esse poder está o preconceito, a divisão, a indiferença, o ódio, a vaidade, a disputa, o dogma, o conformismo, a intolerância e a violência. 
Obs: O preconceito é superficial, distorcido, acorrentado, cinzento e sem poesia! 
Infelizmente, mesmo uma sociedade que já foi vítima da repressão do Estado e da religião, correrá o risco de carregar suas marcas, suas influências, e defende-las como valores ou princípios de moralidade e ideologia. 
O poder religioso e ideológico tem a capacidade de culturalizar as pessoas para que elas repliquem suas crenças por gerações, sem o direito à reflexão e a dúvida. E a "causa" se torna mais importante do que o indivíduo, a vida, e o bem estar do outro. 
Esse "poder" na verdade é mesquinho e covarde, porque usa a repressão, a violência para anular quem "ameaça seu domínio". Não suporta as contradições. 
Quem utiliza a violência já perdeu, no argumento, no diálogo, nas ideias. Não respeitam os limites, a liberdade e a vida. 

Por Romeu Oliveira 

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