quarta-feira, 3 de junho de 2015

Questionando o censo comum

Vivemos no tempo do controle, da técnica, onde existem soluções e respostas para todas as questões, para todas as coisas. Onde tudo já está planejado, calculadamente arquitetado, testado, medido, aprovado e genericamente "útil" para todos. O futuro já está desenhado. Não há espaço para inquietações, para dúvidasTudo já está pronto e embalado como produto disponível nas prateleiras da conveniência.
Esse é o tempo da objetividade e do domínio. Não há mais espaço para indagação, para o contraditório, para a singularidadeTransgredir é proibido. A reflexão é desnecessária e inútil. Vendem a ideia da "busca da felicidade", de um futuro de glórias, de segurança, de equilíbrio e quem não estiver dentro da ordem, dos "padrões" estabelecidos estará em desequilíbrio e deslocado da "normalidade".

Mas o que me pertence? O que me é próprio? 

Quem eu realmente sou? Os pensamentos que tenho as decisões que tomo, o comportamento que tenho, os meus sonhos, meus anseios, meus valores, são realmente meus? Definem quem realmente sou? Pois até o nome pelo qual sou chamado não foi eu quem escolheu!!!



Por Romeu Oliveira