terça-feira, 12 de maio de 2015

Somos as mazelas que enxergamos no outro!


Nos enxergamos no outro. É que ainda não percebemos!

Somos um reflexo do outro, da sociedade, de suas virtudes e também de suas imperfeições!
Quando apontamos para os defeitos do outro, na verdade estamos nos deparando conosco mesmo. E isso acontece porque, infelizmente, somos ensinados a enxergar as falhas ou a maldade somente no outro.


Somos as mazelas que enxergamos no outro! 

domingo, 10 de maio de 2015

Angustiar é positivo

A angústia não é negativa (desde que não nos paralise).

Não confundamos angústia com tristeza ou desespero. Desespero significa falta de esperança. Angústia caminha com a esperança. Com a angústia estão as inquietações, a necessidade de mudanças, de transformação. A angústia é sinal de que algo incomoda, de que algo não pode permanecer como está. Angústia é sinal de reflexão, e com a reflexão a mudança. Aliás, mudança é resultado de reflexão.

Portanto a angústia é positiva. 

Romeu Oliveira 

sábado, 2 de maio de 2015

"Amor próprio=ignorância disfarçada"

Nos últimos tempos virou moda o discurso: "Eu tenho amor próprio meu bem!". 
Infelizmente esse discurso pertence a um momento onde a cultura que se exalta é da ignorância: da arrogância, da violência gratuita (inclusive praticada por pessoas "normais"), momento da "coisificação da vida", da falta de educação, do português errado, da falta de empatia e simpatia (momento onde a brutalidade exaltada é motivo de orgulho, inclusive entre as mulheres). Um tempo de inversão total de valores, onde se respeita mais o discurso (vazio) de um personagem de novela ou BBB qualquer da mídia. Em que mais se "curti e compartilha" trechos de uma "música" cheia de imbecilidades, que na verdade é um reflexo de todo esse lixo que se oferece e que infelizmente muitos compram. Onde as referências são "certas figuras", celebridades que não têm o menor compromisso com o Saber, com o espírito inquietante e sedento por conhecimento que é a abertura para o novo, para aquilo que se aperfeiçoa e que permite sermos um pouco melhores! Esse "amor próprio" é na verdade um orgulho gerado pela ignorância, ou seja, esse "amor próprio", que é vazio e mesquinho, é uma forma de mascarar a ignorãncia (é um disfarce da ignorância). 

Vivemos num tempo de "cada um por si e Deus por mim, o outro que se dane!"

Portanto, dentro desse contexto esse discurso é uma falácia, um conceito distorcido e difundido de forma equivocada (repito: muitas vezes esse conceito é soberbo, egoísta e infantil). O outro é sempre o vilão, o nocivo, o cara mau... somos sempre as "vítimas" os coitadinhos, os sofredores, os perseguidos. Existe muita conversa “mole” em torno disto!!!
É sinal de que falta reflexão, de que a pessoa não se percebe, não faz uma "mesa redonda consigo mesma", que é uma oportunidade para colocar diante si as suas próprias mazelas e a partir daí fazer desconstruções significativas para que haja aperfeiçoamento, conhecimento de si e a perspectiva de desfrutar de uma vida mais equilibrada consigo mesma e com o mundo.
Acredito que quanto mais conhecimento eu tiver de mim mesmo, melhor estará a minha visão, a minha capacidade de compreensão, capacidade de enxergar as coisas com outro olhar e quem sabe, deixar de considerar o outro como inimigo e acha-lo mal porque é diferente ou por ter uma cultura diferente (claro que em certas situações é importante se preservar - como diz minha mãe: "é inútil dar murro em ponta de faca"). 

Esse orgulho distancia as pessoas, destrói relacionamentos, amizades e casamentos. Gera soberba, impede a reflexão, engessa o entendimento, sufoca a humildade e perpetua a ignorância.

Quem tem coragem de se perceber, de voltar-se para si, refletir sobre suas mazelas e reconhecer que é tão imperfeito como qualquer pessoa "normal". 



Por Romeu Oliveira