segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Escravidão inconsciente


Desde que o homem descobriu a vantagem de dominar o outro homem, a liberdade que deveria ser o grande espetáculo da vida perdeu o seu significado
A humanidade escraviza a própria humanidade (humanidade desumana, haja vista a maldade tem face humana). Nos tempos antigos utilizavam-se correntes para limitar os passos, 
com grilhões escravizavam o corpo. Em certos momentos levantavam-se vozes solitárias e inconformadas, mas seus gritos não eram suficientes.
Um dia as correntes caíram, abriram-se as senzalas, o espaço delimitado foi expandido, mas não foi tirada do homem a cultura da escravidão. O sistema criou outras formas de servidão. Hoje a humanidade não está mais fisicamente presa pelas correntes, mas por outras mais eficientes: a carteira de trabalho é um exemplo. Vendida a um capitalismo cruel que nos conduz como marionetes, nos condicionando para um consumismo descontrolado, conservando em nossas mentes que a felicidade é uma conquista que será alcançada através da falsa esperança de um futuro de descanso seguro. Nossa mente é escravizada pela ideologia da política, pelo consumismo do capitalismo e pela cultura do "medo do castigo eterno" das religiões. Este sistema sabota as massas incutindo nelas a "cultura da ignorância" e através da mídia, seguem alienadas através das programações vazias e tendenciosas, desviando suas atenções daquilo que é importante: o Conhecimento que dará abertura para novos olhares, novos pensamentos, a construção de novas rotas em busca de novos sentidos e significados.
E quando alguém se levanta contra esse sistema é chamado de insano, de lunático ou alguém fora da "normalidade", onde pensar diferente é errado. O correto, o conveniente é concordar com as ideologias, com as regras, com os dogmas estabelecidos pelo sistema (não estou falando contra a Ética ou o bom convívio em sociedade, mas de uma ideologia silenciosa e nociva). 

Quem é realmente livre?!! 
Somos criados e "educados" para nos tornarmos mãos de obra, ferramentas de produção, massa de manobra e contingente do Estado. Não há singularidade!

Este sistema "falaciano" que conhecemos por Democracia nos culturaliza com a ideia de que somos livres, que temos as rédeas do poder. Que através do voto (obrigatório) participamos das transformações da sociedade. Grande engano! O que muda? colaboramos com que tipo de aperfeiçoamento? Vivemos num país onde o Estado se comporta como uma grande corte com sua nobreza. Pois é assim que os políticos se comportam, seus mandatos eletivos na verdade são títulos "vitalícios" de nobreza. As esmolas que repassam para o povo são chamadas de benefícios sociais. Roubam nossas vidas (nossas esperanças), nos trancam em suas industrias, em suas fábricas e no final do mês nos pagam um salário miserável que logo devolveremos ao consumirmos seus produtos e assim, sustentando seus domínios e riquezas. 

Por Romeu Oliveira 

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